2015/06/02

O apoio ao emprego, não se pode estar dos dois lados!

ACOMPANHAR PESSOAS NO ÂMBITO DAS INTERVENÇÕES SOCIAIS EM TEMPOS DE CRISE E DE SISTEMÁTICO AUMENTO DA VIDA EM PRECARIDADE (Os contributos da CAIXA DE MITOS - O EMPREGO):
- intervir hoje no quadro das políticas de emprego não é matéria que possa ser encarada apenas como técnica.
Apoiar pessoas na procura de emprego, sabendo-se que o quadro legal estabelecido nas actuais políticas públicas é impositivo, autoritário e visa tudo menos a satisfação do(a) desemepregado(a) isto significa que a entidade ou o técnico estarão disponíveis para serem agentes de uma abordagem repressiva e lesiva dos interesses das pessoas acompanhadas (fala-se muito de inclusão social, o que implicaria ouvir e negociar soluções vamtajosas para os mais fragilizados...mas ...(oh! desculpa das desculpas .as regras são as regras..não há nada a fazer).;
Apoiar pessoas na procura de emprego sabendo-se que se está a empurrar pessoas em situação de desespero para mini-jobs, mini-salários, submissão a regras de escravatura no emprego, estágios sem qualquer futuro e de aproveitamento por parte das empresas gananciosas, de facto, a actividade de apoio à inserção nas empresas só pode ser associada a cumplicidade com a precaridade no emprego e no trabalho.
Por isso as entidades e técnicos que estão a INTERVIR NO APOIO AO EMPREGO têm que ser claras! Ou aceitam ser agentes de políticas repressivas e favoráveis á precaridade ou aceitam apenas intervir nestes domínios desde que dissociados destas amarras e com acções cujas consequências são prioritariamente favoráveis às pessoas acompanhadas!,